A “nefasta doença” e a expedição científica Roosevelt-Rondon

Resumo

A Expedição Roosevelt-Rondon (1913-1914), destinada a explorar parte das selvas brasileiras, enfrentou inúmeros problemas. Um deles foi o impaludismo, também conhecido, ao tempo, como paludismo e malária. O capitão José Antonio Cajazeira aceitou o convite de Rondon, chefe da Comissão Brasileira, para ser o encarregado dos serviços médicos. Sua principal tarefa era cuidar da profilaxia e do tratamento da temida doença. Norte-americanos e brasileiros recorreram aos seus serviços. O ex-presidente Theodore Roosevelt ficou gravemente doente quando a expedição atingiu o rio da Dúvida, um dos objetivos da ousada viagem. Embora tenha sido medicado com cloridrato de quinina, o principal medicamento utilizado para conter os acessos de impaludismo, seu estado de saúde permaneceu precário. O surgimento de fleimões ajudou a debilitá-lo. Ele nunca se recuperou das “febres” adquiridas no Brasil, mas foi uma trombose coronária que o levou, pouco tempo depois, à morte. Rondon, que também era portador do impaludismo, permaneceu imune durante todo o trajeto do Mato Grosso ao Amazonas.