Memórias e representações simbólicas nos discursos de fronteira

Autores

  • Luís César Castrillon Mendes
  • Olga Maria Castrillon-Mendes

Palavras-chave:

Memória, Narrativa, Representações, Fronteira.

Resumo

Este texto objetiva analisar um lugar social: a Fronteira Oeste, no contexto das demarcações dos limites territoriais, por parte da Coroa lusitana, junto aos vizinhos espanhóis, a partir da segunda metade do século XVIII. Pretende-se também fazer algumas considerações acerca do conflito armado que envolveu a Tríplice Aliança e a República do Paraguai (1864-70). Para tal Operação Historiográfica, que, para efeitos destas reflexões, pode ser vista também como literária, selecionamos como fio condutor, três objetos históricos: o Marco do Jauru, símbolo de um desses tratados; a Rua da Tapagem, uma das inúmeras ruas que nos remetem a episódios da referida guerra e a Retirada da Laguna, narrativa que se tornou uma de suas principais referências.

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Biografia do Autor

Luís César Castrillon Mendes

Professor de História da UNEMAT/Cáceres. Doutor em História pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Pós-doutorado em Estudos de Linguagem pela mesma instituição.

Olga Maria Castrillon-Mendes

Professora de Literatura da UNEMAT/Cáceres. Dos Programas de Pós-Graduação em Estudos Literários/PPGEL e PROFLETRAS.

Referências

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Publicado

2015-12-01

Como Citar

Mendes, L. C. C., & Castrillon-Mendes, O. M. (2015). Memórias e representações simbólicas nos discursos de fronteira. Revista Do Instituto Histórico E Geográfico De Mato Grosso, 2(76), 33–50. Recuperado de https://revistaihgmt.com.br/index.php/revistaihgmt/article/view/255

Edição

Seção

Dossiê: Construções sobre o Brasil e/ou Mato Grosso