Ibiraty — A Serra da Neblina

Autores

  • Paulo Pitaluga Costa e Silva

Resumo

Muitos antes de a região hoje mato-grossense ser um território português no século XVIII, ela fazia parte do reino espanhol nos séculos XVI e XVII. Em 1722, foi despachada de Assunção uma expedição para os Campos de Xerez, comandada pelo Mestre de Campo Don Alonzo Benites de Portugal. A expedição não teve qualquer contato com monções paulistas nem percebeu indícios de bandeirantes na região. Nas margens do rio Jejui-Guassu, avistaram rastros de dois homens a pé e, seguindo os mesmos, deram com dois índios, Miguel e Vitório. Ambos imediatamente foram feitos prisioneiros, havendo os índios alegado terem fugido dos portugueses e, com o retorno da expedição, foram conduzidos para Assunção. Nessa capital, as autoridades coloniais abriram um inquérito para deixar registrados os resultados dessa expedição e, juntamente com os militares espanhóis, os índios prestaram suas declarações. Informaram eles, em vários e sucessivos depoimentos, que tinham estado trabalhando em uma lavra de ouro, junto com os paulistas, num local denominado Cerro de Ibiraty.

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Biografia do Autor

Paulo Pitaluga Costa e Silva

Historiador, advogado e empresário. Sócio do IHGMT e seu ex-presidente.

Referências

Autos sobre el viaje que hizo a los campos de Jerex el Maestre de Campo Don Alonzo Benites e Portugal y Varias Declaraciones tomadas a los cautivos portugueses - año 1723. Bandeirantes do Paraguai no Século XVIII - Documenos Inéditos. São Paulo: Arquivo Histórico, 1949. (Coleção Departamento de Cultura, XXXV).

FONSECA, João Severiano da. Viagem do Redor do Brasil. Rio de Janeiro: Pinheiro, 1880.

LOZANO, Pedro. Historia de la conquista del Paraguay, Rio de la Plata y Tucuman. Bueno Aires: Imprenta Popular, 1878, tomo I.

SILVA, Paulo Pitaluga Costa e. Antonio de Almeida Lara. Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso, Cuiabá: tomo 144, 1996, p. 57.

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Publicado

2001-12-01

Como Citar

Silva, P. P. C. e. (2001). Ibiraty — A Serra da Neblina. Revista Do Instituto Histórico E Geográfico De Mato Grosso, 1(59), 9–18. Recuperado de https://revistaihgmt.com.br/index.php/revistaihgmt/article/view/450

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